domingo, 8 de abril de 2012


6.3 Impressão do Diagnóstico Pedagógico

Quando a criança apresenta os primeiros sintomas acerca da dificuldade de aprendizagem é coerente que o educador (a) procure realizar uma avaliação diagnóstica que considere sua vida desde a concepção e nível de conhecimento do mundo, buscando encontrar/detectar a causa do não-aprender.
Neste sentido para Morais (1986, p. 122) diz:
Este diagnóstico deve ser feito por um (a) psicopedagogo (a) o qual, deve avaliar todas as habilidades (perspectivas, motoras, lingüísticas, cognitivas) envolvidas nos processos da leitura e da escrita; os fatores emociais e os próprios atos de ler e escrever.
Tendo em vista que para se elaborar o diagnóstico foi preciso anteriormente desenvolver toda uma seqüência de técnicas pedagógicas, para que assim, fossem detectadas as possíveis causas do problema apresentado pela criança, mediante o auxilio de uma especialista psicopedagoga, respeitando o caso individual do paciente em estudo.
Nas primeiras técnicas aplicadas, já era possível levantar hipóteses acerca da dificuldade da criança. Contudo, nenhuma medida ainda poderia ser tomada, pois, era necessário que todos os testes fossem concluídos. As anotações eram feitas de forma minuciosa, e ao termino de cada teste os relatos eram analisados e estudados, levando em conta todos os aspectos percebíveis. “Diagnosticar o não aprender como sintoma consiste em encontrar sua funcionalidade. Isto é sua articulação na situação integrada pelo paciente e seus pais […]” (PAIN, 1985, p. 69).
Contudo convém comentar que a questão da criança apresentar um déficit acerca da linguagem não significa que essa obtenha alguma dificuldade correspondente ao seu nível de conhecimento.
Nas provas aplicadas foi possível notar que a lateralidade da criança (R. N.) ainda não está bem definida. Ela tem dificuldades em realizar atividades usando os membros superiores. O mesmo acontece com os membros inferiores ainda não estão bem definidos. Apresenta dificuldade em identificar sua direita e esquerda, sua organização temporal ainda está em conflito acerca da noção do antes e do depois, meses do ano e das horas. Não tem facilidades em absorver informações na memória
Também verificou-se, certa dificuldade em reconhecer alguns objetos e pronunciá-los corretamente, além de não ter conseguido montar os quebra-cabeças com maior números de peças. A caligrafia da criança apresenta traços de disortografia, onde a mesma engole algumas letras durante a escrita. Essas são algumas das dificuldades encontradas na criança R.N.

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