6.3 Impressão do Diagnóstico Pedagógico
Quando
a criança apresenta os primeiros sintomas acerca da dificuldade de aprendizagem
é coerente que o educador (a) procure realizar uma avaliação diagnóstica que
considere sua vida desde a concepção e nível de conhecimento do mundo, buscando
encontrar/detectar a causa do não-aprender.
Neste
sentido para Morais (1986, p. 122) diz:
Este diagnóstico deve ser feito por um (a)
psicopedagogo (a) o qual, deve avaliar todas as habilidades (perspectivas, motoras,
lingüísticas, cognitivas) envolvidas nos processos da leitura e da escrita; os
fatores emociais e os próprios atos de ler e escrever.
Tendo em vista que para se elaborar o
diagnóstico foi preciso anteriormente desenvolver toda uma seqüência de técnicas
pedagógicas, para que assim, fossem detectadas as possíveis causas do problema
apresentado pela criança,
mediante o auxilio de uma especialista psicopedagoga, respeitando o caso
individual do paciente em estudo.
Nas primeiras
técnicas aplicadas, já era possível levantar hipóteses acerca da dificuldade da
criança. Contudo, nenhuma medida ainda poderia ser tomada, pois, era necessário
que todos os testes fossem concluídos. As anotações eram feitas de forma
minuciosa, e ao termino de cada teste os relatos eram analisados e estudados,
levando em conta todos os aspectos percebíveis. “Diagnosticar o não aprender
como sintoma consiste em encontrar sua funcionalidade. Isto é sua articulação
na situação integrada pelo paciente e seus pais […]” (PAIN, 1985, p. 69).
Contudo convém
comentar que a questão da criança apresentar um déficit acerca da linguagem não
significa que essa obtenha alguma dificuldade correspondente ao seu nível de
conhecimento.
Nas
provas aplicadas foi possível notar que a lateralidade da criança (R. N.) ainda
não está bem definida. Ela tem dificuldades em realizar atividades usando os
membros superiores. O mesmo acontece com os membros inferiores ainda não estão
bem definidos. Apresenta dificuldade em identificar sua direita e esquerda, sua
organização temporal ainda está em conflito acerca da noção do antes e do depois, meses do ano e das horas. Não tem facilidades em absorver
informações na memória
Também
verificou-se, certa dificuldade em reconhecer alguns objetos e pronunciá-los
corretamente, além de não ter conseguido montar os quebra-cabeças com maior
números de peças. A caligrafia da criança apresenta traços de disortografia,
onde a mesma engole algumas letras durante a escrita. Essas são algumas das
dificuldades encontradas na criança R.N.
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